terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Prefiro acreditar que não nos dissemos adeus, mas que nos separamos para que o destino nos dê um reencontro feliz…

Você foi a minha vida, e eu fui apenas um capítulo da sua.



                              11 anos ao meu lado, hoje: uma saudade eterna....


Cruz Alta, 8 de Janeiro de 2013

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Estar perto

Quantas pessoas que gostamos já partiram? Quantas voltaram exatamente iguais? É difícil adaptar-nos com a mudança das pessoas que gostamos. A distância requer paciência e compreensão.
Já acenei diante de uma janela de um carro/ônibus a despedida de pessoas que contribuíram na minha história. Mas, sempre torcendo para que voltassem, e voltassem iguais. Não fisicamente é claro, até porque lutar contra o tempo e as mudanças que a genética e a natureza nos proporcionam é inútil. Gostaria que voltassem com a mesma afinidade e afeição. Com os braços abertos para receber um caloroso abraço carregado de saudade.
O tempo muda. Os traços de nossos sentimentos se transformam de um: volta logo! Para um: não me esqueça!
É complicado competir com as mudanças de uma vida nova, com a chegada de novas pessoas e o pouco tempo de contato para quem ficou do outro lado.
Então começamos a pensar que ficamos de lado, que nós mudamos e os outros não.
É improfícuo pensar que mesmo depois da partida, o interesse de encontro - as conversas engraçadas, não irão mudar.
Continuo sonhando com o reencontro, com os abraços, com a necessidade de estar perto e não dizer adeus nunca mais!
Odeio a distância, odeio as consequências que ela causa: o afastamento, a angústia e o querer.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Come pick me up

Nunca encontrei alguém que eu pudesse dizer mais que um ''oi" em uma fila de cinema, em um dia de chuva, em um ônibus ou em um parque. Em derrubar meus livros no chão e ficar de cara a cara com alguém que fosse pegá-los junto a mim. Nunca ganhei flores, nunca gritaram: eu amo você em público. Se nem um bom dia eu recebo em público gritado, quem dirá essas três palavrinhas... nunca me convidaram para dançar uma música lenta em um local onde ninguém estivesse dançando. Nunca recebi uma serenata, nem bombons. Nunca roubaram o microfone de um show para me procurar ou fazer uma declaração, e, também nunca deram o meu nome a uma estrela, nem de fantasia.
É, essa sou eu... um indivíduo qualquer no meio de tantos outros  indivíduos espalhados pelo mundo. Não me acho totalmente insignificante, mas, um tanto sozinha por mais que eu não esteja, acho que dá para entender. Ontem a tarde resolvi sair para caminhar escutando uns velhos e bons sons, fantasiei inúmeras coisas pelo caminho, quando percebi estava quase saindo da cidade e parei por alguns segundos para admirar o pôr do sol, e reparei que por mais que tivesse pessoas passando por mim, eu estava do lado de uma pedra e de uma árvore, pensei comigo: que bela fotografia daria para esta cena melancólica e vazia. Enquanto isso, as músicas em meus ouvidos continuavam, fazendo-me pensar e sonhar , estando na realidade e fugindo dela ao mesmo tempo. Voltando, um casal passou por mim de mãos dadas e no momento em que a música finalizou e iria passar para a próxima, o menino disse para a sua companheira: amanhã fazem dois anos, aquilo me fez pensar na pedra e na árvore que estavam ao meu lado fazendo o papel de minha companhia e fiquei imaginando, como seria eu no lugar da menina e de tão relevante a minha imaginação, voltei para realidade com um senhor de idade dizendo: oi (com o olhar pervertido) aquilo foi uma total pausa e um total fracasso para o meu momento. Mas, aqui estou eu, escutando novamente músicas que me fazem sair da rotina, e esperando a hora de encontrar a minha pedra ou a minha árvore, seja em fila de cinema ou até de um açougue, mas, sempre é bom esperar algo novo, para que o passado desista de me atormentar todos os dias e para as músicas pararem de trazer lembranças, as quais já se passaram várias e várias vezes por aqui.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Letter Of Goodbye


                                                                                                                                                                                    Várias vezes sentei-me em minha cama, com uma , duas até três chícaras de café, e de companhia: a solidão. Meu consolo nas noites sombrias e trêmulas, nada mais é que uma folha de caderno em branco , um lápis e uma borracha . Ambos são inúteis, assim como as minhas ideias e a minha imaginação.
Ultimamente tenho lido livros com histórias incríveis e visto filmes maravilhosos , que arrepio-me em pensar que poderiam existir histórias smilares em nossas vidas. Por que só em filmes e livros alguém pode achar o seu grande amor através de uma carta dentro de uma garrafa do outro lado do mundo? Fazer da distância apenas um detalhe imprevisível e permanecerem com uma relação estável a um longo tempo? Escrever uma carta para Julieta Capuleto e ser respondida? Cá entre nós, não seria primoroso tais circunstâncias?
Quem dera viver dentro dessas histórias mirabolantes , aventurar-me em paixões avassaladoras e ganhar um belíssimo final. Mas, acordando, de volta a realidade. O que mais causou-me afeição e despertou-me algo indefinido, foi o alívio , a libertação de um ser que após escrever uma linda carta referindo-se a sua falecida esposa , após tê-la jogada ao mar , foi como se ele tivesse conseguido não deixá-la de amar , mas concretizou seus momentos juntos em uma folha de papel com puro romantismo e sentimentalismo e deu-se uma nova oportunidade de amar novamente. 
Pois bem, cá estou eu, uma tola sentimentalista insana, que acha que pode obter uma história com cartas de romances, aventuras e tudo que se tem direito. Mas sei o quão é impossível tornar isso real, pois tudo depende de mais que uma pessoa, sim , sozinha não posso construir histórias , e  preciso também de um destinatário para minhas cartas. Sei que tenho um alguém para enviar minhas cartas , mas se elas vão ser lidas, é uma questão que no fundo sei a resposta.
Hoje, com minhas chícaras de café, estarei libertando-me e dando-me uma nova oportunidade para uma nova etapa de vida. Então escrevi uma carta, não esperando que ela seja lida por esse alguém , mas que ela seja sentida, assim como foi para escrevê-la.


My Dear ...

Esta será a primeira e última carta que irei te escrever, mesmo sabendo que estas palavras não irás ler. Encontras-te cada vez mais longe. Não sei se terá importância saber, mas receio de que tenhas conhecimento destas meras palavras. Te conhecer foi completamente maravilhoso. e os momentos que vivemos juntos, considerei os mais fantásticos de sempre e não vou negar que serão inesquecíveis. Assim será, por amar sozinha algo não correspondido. Saiba que o tempo foi o meu melhor amigo e companheiro enquanto você manteve-se distante. Ele interpretou o papel dele muito bem , fique tranqüilo. Quando tive medo, quando tive sonhos extraordinários, quando tive momentos de felicidade extrema e quando tive que seguir meu caminho, foi ele quem me acompanhou, pois não tinha você. Quantas noites sem dormir, quantos dias fazendo e refazendo planos, quanto tempo perdido, só de mantê-lo em meu pensamento. Não culpo-o dessas injúrias , pois também não culpo-me . Aliás, que culpa temos de querer mais que podemos ter? Não podemos simplesmente amar quem nos ama, não podemos amar alguém só por educação, gentileza ou simpatia. Amamos pelo cheiro, pelo olhar, pelo toque e pelas palavras que soam como melodias das mais belas canções. Vives dentro de mim por tudo o que representou de bem e de mau também, a revolta, tristezas ou desilusões que me causaste, só aconteceram por eu ter permitido que me fizesse mal ou melhor, eu é que me mal tratei. Acho que sempre teve medo quando falava desse amor para ti. Teve medo de confiar, acreditar ou apostar em uma relação que poderia ser eterna. Na minha opinião isso revela uma tremenda insegurança da tua parte, demonstrada pelas vezes que dissemos um ao outro para cada um seguir o seu caminho e horas mais tarde estávamos de novo juntos. Mas saiu da minha vida, e não foi capaz de apresentar um motivo ou a coragem para dizer adeus. Não tenho dúvida de que se dissesse, iria ser mais fácil agora. Sei que o mesmo destino que nos uniu , é o mesmo que quis que não ficássemos juntos. Não vou mais me referir ao nós, agora passa a ser : eu e tu. Espero que um dia saiba a importância dessas palavras e que tenha sentido um pouquinho ou um quase nada do que elas representam. Adeus meu querido, prometa-me que irá ser feliz , irá sonhar e irá amar realmente, e quando nos encontrarmos novamente, espero que nossos olhares não se notem e lembraremos  que um dia eles se encontraram.

                                                                                                                              Someone.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Última que morre , mas morre ...

Vivemos na espera , mas na espera do que? de que? de quem? de quando? Porque culpamos e usamos o tempo como desculpa de nossos erros , da nossa fraqueza e de nossa lucidez? Tempo , miserável tempo, desculpe-me usá-lo como termo de tanta babaquice , que ao extremo jogamos tudo para ti  .
Esperar , tantas pessoas esperam um primeiro , segundo , terceiro amor . Esperam a sorte mudar ou chegar,  o azar ir embora ou vir percorrer seus destinos . Esperam a chuva passar mas não notam o sol quando está para vir . Esperam novas amizades , nova vida. Esperam um bilhete premiado na loteria para mudar e começar a ter planos. Esperam as pessoas partirem para se darem conta que as mesmas pessoas lhe farão um imensa falta . Esperam chegar o ponto final de uma relação para dizer a outra pessoa que ela era a pessoa certa na hora errada , fazendo com que ambos percam tempo de suas vidas .
Não costumo mais esperar nada , não vou mais deixar o tempo ser o aliado das escolhas repentinas que faço , não vou usá-lo para ficar parada esperando alguma coisa , que eu sei que só virá se eu chamar . Chega de esperar da vida , das pessoas , do tempo , da espera , das horas , do vento ... é o hoje que nos transforma , nos faz presente e nos indica aquela seta para o caminho certo ou errado . Pare de achar que tudo é uma questão de tempo ou que tudo da certo no final porque o final não existe, é apenas o início de uma nova fase . E tudo é uma questão de escolha . Faça por merecer , mereça!